sexta-feira, 12 de julho de 2013

o que não cabe no nome de amor mas é santuário___________

O som da fala que conduz o mistério haveria de tomar um caminho de espera,
um caminho que faz um convite dolorido à paciência: "poderá você apresentar-se nessa passagem da existência com a máxima força de ser leve?"

Ela responde, cansada, dizendo que está aqui por que passagem é movimento, está aqui para a espera de compor cada pedaço de vida com todo o cuidado e celebração que esse encontro de almas velhas merece,
ela diz que está porque é nesse encontro que será vivo o aprendizado da morte do que é terreno, para que assim eu possa ouvir o bicho
da palavra que grita
que grita e, por hora, não é des-canso........................

Como um rio, o caminho segue a deslizar lento pelos recessos do meu corpo, onde, num complexo golpe ímpar, funde-se em  um gi-gan-te círculo de som, como uma coisa viva, no meio do peito

e que precisa confiar-se e expandir-se, e com um tremor de alívio, repousar.......................


O caminho procura a direção de cavar a terra, como se ali algo o esperasse, grande, imenso, lânguido----

o seu futuro

(é preciso concentrar-se na ação do som, ela dizia_____________________________)

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