segunda-feira, 9 de novembro de 2009

abstrair

"Alambique veio com o seu violão prestar uma homenagem a seu velho companheiro de serestas.
Sentou-se num túmulo próximo do lugar onde haviam "plantado" o seu amigo, cruzou as pernas, tirou uns ponteios do violão e depois começou a cantar a valsa preferida do Pudim de Cachaça, aquela que começa dizendo que "amar é um holocausto de palpitações".
Um cavalheiro bem vestido aproximou-se dele, tocou-lhe o ombro com a ponta dos dedos e
disse-lhe que era um sacrilégio cantar no cemitério.
Alambique respondeu que sacrilégio mesmo era não cantar. E continou entoando a valsinha."

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